Gabriel Haesbaert (Diário) /Em 2017, clima fez produção de grãos alcançar recorde de 237,7 milhões de toneladas
A estimativa para a colheita de grãos da safra 2017/2018, em comparação à safra passada, deve ser menor, apesar de já ser registrado o aumento da área plantada em todo o país. A perspectiva foi divulgada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em novembro, os técnicos da companhia responsável por monitorar a trajetória da produção agrícola brasileira já tinham anunciado a expectativa de que a produção de grãos ficasse entre 223,3 milhões e 227,5 milhões de toneladas. Agora, os técnicos cravam em uma safra prevista de 226,5 milhões de toneladas, ou seja, 4,7% inferior aos 237,7 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2016/2017. Aquela havia sido a maior marca já alcançada no país e, já na época, os técnicos afirmavam que dificilmente se repetiria, já que fora alcançada graças a uma confluência de fatores, como excelentes condições climáticas.
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Já a área total plantada pode chegar a 61,5 milhões de hectares, um aumento de 0,9% em comparação à última safra. A alta é puxada pelo incremento da produção de feijão preto, de algodão e, principalmente, de soja, cuja maior liquidez e rentabilidade motivou os agricultores a plantar cerca de 1 milhão de hectares a mais que na safra 16/17.
Conforme a Emater Regional, o plantio de grãos da safra 2017/2018 das principais culturas da região está avançado. A previsão de área de soja a ser plantada é de 898 mil hectares. Destes, 86% já foram semeados e com a planta em desenvolvimento vegetativo. Já o arroz tem área prevista de cultivo de 139 mil hectares, sendo que 94% já foram plantados e encontram-se 100% em germinação e desenvolvimento vegetativo inicial. As áreas com semeadura de sementes pré-germinadas já receberam adubação nitrogenada e irrigação.